A morte de D. Sebastião e a sucessão ao trono
Perda da independência
Quando D. João III morreu, sucedeu-lhe o seu neto D. Sebastião. Como tinha apenas 3 anos, D. Catarina assume a regência do reino, seguindo-lhe o cardeal D. Henrique.
Aos 14 anos, D. Sebastião assume ele próprio o governo do reino e decide conquistar o norte de África. No entanto, não foi bem sucedido e morreu na batalha de Alcácer Quibir sem deixar descendentes. D. Henrique passa a ser o rei de Portugal mas o problema de sucessão não estava resolvido pois também ele não tinha filhos.
Surgiram então vários pretendentes ao trono:
Pretendentes ao trono
- D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado por:
- grande parte do clero e da nobreza: porque temiam perder privilégios e aspiravam novos cargos e terras
- alta burguesia: porque pretendia novos mercados
- D. António, prior do Crato, apoiado por:
- povo e parte da nobreza: não queriam ser governados por um rei estrangeiro e temiam que Portugal perdesse a independência
- D. Catarina, duquesa de Bragança, apoiada por:
- muitos nobres e elementos do clero, mas desistiu e apoiou a candidatura filipina
União Ibérica (1580)
Cortes em Almeirim: D. Filipe II é aclamado rei de Portugal
Batalha de Alcântara: D. António, apoiado pelo povo, enfrenta o exército de D. Filipe II mas é derrotado e foge, primeiro para os Açores e depois para Inglaterra
Cortes de Tomar: D. Filipe II, rei de Espanha, prestou juramento como rei de Portugal, foi intitulado como D. Filipe I, rei de Portugal, e fez várias promessas entre as quais:
- manter a moeda, língua e costumes portugueses
- cargos de governo de Portugal apenas para portugueses
D. Filipe I cumpriu a maioria das promessas que fez mas os seus sucessores, D. Filipe II e D.Filipe III, não respeitaram as promessas feitas aos portugueses. A situação piorou quando Espanha entrou em guerras contra a Holanda, França e Inglaterra, e surgiram revoltas dentro do próprio país. Tudo isto teve consequências para Portugal:
- aumento dos impostos
- soldados portugueses no exército espanhol
- espanhóis nomeados para cargos em Portugal
- ataque dos inimigos de Espanha às colonias portuguesas
Surgiu a revolta popular rapidamente reprimida violentamente pelo exército espanhol.
A revolta de 1º de Dezembro e a Guerra da Restauração
A União Ibérica, que durou 60 anos, acabou por trazer vários prejuízos a Portugal. À revolta popular juntou-se o descontentamento da nobreza em muito prejudicada neste período.
1 de Dezembro de 1640
Um conjunto de nobres aproveitou o enfraquecimento da Espanha e a ausência do rei em Portugal para organizar uma conspiração para matar a vice-rei de Portugal, a duquesa de Mântua. Bem sucedidos, aclamaram a Restauração da Independência.
Cortes em Lisboa
D. João, duque de Bragança, é aclamado rei de Portugal com o título de D. João IV.
Guerra da Restauração
D. João IV procurou organizar o exército, fabricou armas e fortalezas junto às fronteiras com Espanha. Durante 28 anos Portugal esteve em guerra com Espanha, que só terminou com o Tratado de Madrid, assinado em 1668.