A conquista romana e a resistência dos povos ibéricos
1. A conquista
Os romanos eram um povo proveniente da Península Itálica que conquistaram vários territórios à volta do mar Mediterrâneo graças ao seu poderoso e organizado exército.
Atraídos pelas riquezas das Península Ibérica conquistaram-na no séc. III a.C. Desta forma conseguiram o domínio do comércio do Mediterrâneo.
Figura 1 - Exército Romano Figura 1A - Soldado Romano
Figura 2 - Península Itálica (sítio de origem dos Romanos)
2. A resistência
As populações do litoral sul não ofereceram grande resistência. O mesmo não aconteceu com os povos do Centro e Norte que lutaram contra os romanos durante quase 200 anos. Um dos povos que se distinguiu na luta contra os romanos foram os Lusitanos, chefiados por Viriato. Estes montavam armadilhas e emboscadas aproveitando as montanhas e desfiladeiros.
Figura 3 - Lusitania Figura 4 - Viriato - Grande Líder dos Lusitanos
Figura 5 - Ataque dos Lusitanos Figura 6 - Castro ou Citânia dos Lusitanos
Figura 7 - Guerreiros Lusitanos
3. O império romano
Entretanto não foi só conquistada a Península Ibérica mas sim um conjunto de territórios à volta do Mediterrâneo que fez com que os romanos construissem um grande Império. A sua capital era a cidade de Roma e possuiam territórios na Europa, Ásia e África. O chefe supremo do Império era o imperador.
Figura 8 - O chamado Mare Nostrum
Figura 9 - Imperador Romano Figura 10 - Estátua de Imperador Romano
A Península Ibérica romanizada
Figura 11- A Península Ibérica no tempo dos Romanos
Figura 12- Províncias Romanas na Península Ibérica
Herança romana
Os romanos permaneceram quase 700 anos na Península Ibérica e durante este tempo os costumes das pessoas alterou-se e foram construídos edifícios e estruturas que influenciaram bastante o modo de vida da população. A todas as alterações provocadas pela presença dos romanos na Península Ibérica chama-se romanização.
As transformações mais significativas foram:
- construção de ;estradas, aquedutos, pontes, teatros, balneários públicos, templos e monumentos
- casas cobertas com telha, jardins com exteriores e com mosaicos a decorar o pavimento;
- intensificação da produção agrícola (vinho, azeite e trigo) e da exploração agrícola;
- criação de indústrias: salga do peixe, olaria, tecelagem;
- desenvolvimento do comércio;
- maior uso da moeda;
- a língua falada passa a ser o latim.
Figura 13 - Conímbriga Figura 14 - Conímbriga 2
Figura 15 - Conímbriga 3 Figura 16 - Conímbriga 4
Figura 17 - Templo de Diana em Évora Figura 18 - Ponte de Trajano em Chaves
Figura 19 - Aqueduto de Segóvia em Espanha Figura 20 - Teatro Romano de Mérida em Espanha
Figura 21 - Via Romana Figura 22 - Termas Romanas
Figura 23 - Ponte Segura em Castelo Branco Figura 24 - Galeria Romana de Olissipo -Lisboa
A Religião Romana
Os deuses dos antigos romanos, à semelhança dos antigos gregos, eram antropomórficos, ou seja, eram representados com a forma humana e possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos.
O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos, como por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da arte. Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimónias. Posteriormente, diante da expansão militar que conduziu ao Império, muitos deuses das regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos.
No âmbito privado, os cidadãos, por sua vez, tradicionalmente buscavam proteção nos espíritos domésticos, os chamados "lares", e nos espíritos dos antepassados, os "penates", aos quais rendiam culto dentro de casa.
Posteriormente, diante da difusão do cristianismo, o imperador Constantino promulgou o Édito de Milão (313), que estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos, encerrando as violentas perseguições que lhes eram movidas. Pouco depois, no século IV, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Estado, por determinação do imperador Teodósio, em 381.
Deuses Greco-Romanos
Grécia | Roma | Atributos principais |
---|---|---|
Zeus | Júpiter | Rei de todos os deuses |
Hera | Juno | Rainha de todos os deuses, protetora das mulheres, do casamento e do parto |
Afrodite | Vênus | Deusa do amor |
Ares | Marte | Deus da guerra |
Hades | Plutão | Deus dos mortos |
Poseidon | Neptuno | Deus dos mares |
Eros | Cupido | Deus do amor e da paixão |
Apolo | Febo | Deus da poesia, da música, da beleza masculina |
Ártemis | Diana | Deusa da caça, da castidade, dos animais selvagens |
Deméter | Ceres | Deusa da colheita, da agricultura |
Dionísio | Baco | Deus das festas, do vinho |
Hermes | Mercúrio | Mensageiro dos deuses, protetor do comércio |
Hefesto | Vulcano | Deus dos metais, da metalurgia, do fogo |
Crono | Saturno | Deus do tempo |
Héstia | Vesta | Deusa do fogo eterno |
Este período também ficou marcado pelo surgimento de uma nova religião: o Cristianismo. Esta nova religião expandiu-se por todo o Império e a contagem do tempo passou-se a fazer pela era cristã, ou seja, a partir do do nascimento de Jesus Cristo (quem começou a pregar esta religião e que afirmava ser filho de Deus).
Na contagem do tempo podemos utilizar o ano, a década (10 anos), o século (100 anos) e o milénio (1000 anos).
Para fazer corresponder os anos aos séculos há duas regras bastante simples:
- quando o ano termina em dois zeros o número de centenas indica o século. Ex: ano 1500, séc. XV;
- quando o ano não termina em dois zeros, acrescenta-se uma unidade ao número das centenas. Ex: 1548, séc. XVI.