A Oposição ao Regime
Apesar da repressão e da vigilância os portugueses encontravam meio de manifestar a sua discordância em relação ao regime.
O MUD
Em 1945 formou-se o MUD (Movimento de Unidade Democrática) que agrupava pessoas de diferentes ideologias políticas com um único objectivo: lutar contra o regime salazarista.
A candidatura de Humberto Delgado
Em 1958, a oposição apresentou o general Humberto Delgado como candidato da oposição à Presidência da República. Humberto Delgado, que ficou conhecido como o "General Sem Medo", entusiasmou multidões durante a campanha eleitoral e levou a sua candidatura até ao fim. Mas, apesar da oposição estar convencida que tinha a maioria dos votos, Américo Tomás, o candidato do regime, foi declarado vencedor.
Após estas eleições, Salazar mudou a lei eleitoral e os Presidentes da República deixaram de ser eleitos pela população para passarem a ser elitos por um colégio eleitoral, dominado pelo Governo.
As revoltas estudantis
Em 1962 Salazar também teve de enfrentar uma grande revolta estudantil. Esta revolta foi acompanhada de greves, plenários e manifestações que eram reprimidas pela polícia.
A Guerra Colonial
Em 1961 a União Indiana invadiu e ocupou Goa, Damão e Diu, territórios que Portugal ainda detinha na Índia.
Nesse ano começa também a guerra colonial em África, uma vez que Salazar se recusava a dialogar com os movimentos que, nas colónias africanas, lutavam pela independência.
Portugal enviou tropas para Angola, Moçambique e Guiné e esta guerra, devastadora, durou 13 anos (1961-1974) e teve consequências trágicas para o país:
- cerca de um milhão de jovens portugueses é enviado para África;
- morrem ou ficam feridos milhares deles;
- milhares fogem e exilam-se no estrangeiro para não participar na guerra;
- o encargo financeiro de manter a guerra é enorme;
- Portugal fica isolado internacionalmente pois Portugal é condenado por manter esta guerra.